Bloco de Links

REVIEW THE WALKING DEAD: A NEW FRONTIER


NOTA: 8,3
Gráficos: 8
Jogabilidade: 8
Diversão: 9
Som: 8

Adventure de sucesso retorna em começo de temporada promissor

The Walking Dead A New Frontier é a nova temporada da série mais popular da Telltale Games. O jogo segue a linha dos demais adventures da companhia, focando sua trama em complexas decisões morais. A terceira temporada começou com um episódio duplo, Ties that Bind, e conseguiu empolgar. Leia a análise completa:

Padrão Telltale

Quando o primeiro adventure de The Walking Dead foi lançado pela Telltale em 2012, jogadores e crítica ficaram impressionados com o seu intrincado sistema de narrativa ramificada através das escolhas morais do jogador. Boa parte das respostas emitidas até nos mais simples diálogos eram capazes de alterar sutilmente o relacionamento entre dois personagens, o que gerou uma aventura inesquecível e inovadora.

A segunda temporada tentou repetir a fórmula, mas o excesso de adventures similares lançados pela própria Telltale, como The Wolf Among Us e Tales from the Borderlands, acabaram desgastando o formato mais rápido do que se esperava. Como um truque de mágica que teve seu segredo revelado, os jogadores notaram que suas escolhas não alteravam tanto assim o fio condutor mais básico das narrativas.

Nada disso impediu que a empresa investisse em cada vez mais projetos nesse estilo, sempre tentando aprimorar mais um pouco a fórmula. Depois de Batman, Game of Thrones e até mesmo Minecraft ganharem versões Telltale, agora é a vez de The Walking Dead retornar para sua terceira temporada, reunindo todas as virtudes e problemas de seus antecessores.

Dois em um

O primeiro capítulo de A New Frontier se chama Ties that Bind e foi disponibilizado em duas partes de tamanho completo pelo preço de uma só. Ou seja, trata-se de um episódio duplo, cada um seguindo a duração tradicional dos demais episódios da Telltale.

Mesmo explorando minuciosamente todos os detalhes e opções de diálogo, leva apenas três ou quatro horas para encerrar cada capítulo. Felizmente, a direção e o roteiro estão entre os melhores já produzidos pela Telltale, indicando um começo bastante promissor para a nova saga.

Ainda que a trama esbarre em clichês inevitáveis do gênero e algumas convenções manjadas, a história cumpre o seu papel e bastam alguns minutos para que o jogador se importe com todo o novo grupo de sobreviventes. O único problema narrativo digno de nota é que, ao fim do segundo episódio, ainda não está claro qual será o foco e grande objetivo da trama.

Nos episódios anteriores…

Não foi apenas o primeiro episódio que se dividiu em duas partes: A New Frontier também permite que o jogador acompanhe dois personagens distintos ao longo da campanha. O protagonista principal é o novato Javi, que concentra a maior parte da atenção. Naturalmente, seu caminho logo se cruza com o de uma versão ainda mais madura de Clementine, a personagem mais importante da série.

Caso você tenha seu progresso da temporada anterior salvo no console, é possível importá-lo para ajudar a moldar a nova versão da personagem. Caso contrário, é preciso responder um rápido questionário sobre os eventos mais importantes dos capítulos anteriores. Em todo o caso, infelizmente as respostas não importam tanto e, ao menos por enquanto, não alteram drasticamente nenhum aspecto da trama.

Familiar

A narrativa faz um ótimo uso de flashbacks para auxiliar na construção das histórias de Clementine e Javi. O artifício é muito bem empregado para valorizar a importância da família na vida dos dois, o que causa reflexos imediatos na dinâmica da dupla ao redor de seu novo grupo de sobreviventes.

A terceira temporada de The Walking Dead ostenta os gráficos mais bonitos que a Telltale já conseguiu criar, emulando com bastante fidelidade o traço e atmosfera dos quadrinhos de Robert Kirkman. No entanto, o motor continua apresentando leves engasgadas e tropeços técnicos, embora em proporção inferior aos jogos anteriores da companhia.

Conclusão

The Walking Dead: A New Frontier começou de forma bastante promissora no episódio duplo Ties That Bind. A história parece interessante o suficiente, se destacando pela excelente qualidade dos diálogos e desenvolvimento de personagens. Os mesmos erros e virtudes dos jogos anteriores da Telltale se repetem aqui, já que mesmo as mais complicadas decisões morais do jogador não conseguem impedir certos eventos-chave, mas o carisma dos sobreviventes é forte o bastante para contornar esse problema.

Fonte: TechTudo

Postar um comentário

0 Comentários