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REVIEW DISHONORED 2


NOTA: 8.8
Gráficos: 9
Jogabilidade: 9
Diversão: 9
Som: 8

A franquia de FPS stealth da Bethesda retorna em grande estilo

Dishonored 2 é o novo jogo da Bethesda. Lançado para Xbox One, o título investe em uma ambientação "steampunk" para apresentar suas divertidas mecânicas de ação furtiva. Repleto de possibilidades e novos recursos, o game amplia e melhora quase todos os elementos vistos no primeiro Dishonored e se coloca entre as melhores opções do ano. Confira a análise completa:

Franquia promissora

Quando o primeiro Dishonored chegou às prateleiras em 2012, os jogadores tiveram uma grata surpresa. Afinal, o título desenvolvido pela Arkane Studios conseguiu introduzir boas ideias ao tão desgastado e saturado gênero FPS, misturando mecânicas furtivas com poderes sobrenaturais.

Quatro anos depois, o estúdio volta a trabalhar na sua agora prestigiada franquia e consegue lançar um jogo que não apenas alcança a alta qualidade do título original, mas que também eleva e aprimora todas as suas boas ideias até o limite.

A Imperatriz e o Corvo

Diferentemente do primeiro game, desta vez é possível escolher entre dois protagonistas distintos para jogar a campanha. O veterano "Corvo Attano" está de volta ao batente, mas desta vez é acompanhado pela antiga Imperatriz de Dunwall, "Erica Luttrell". O mais legal é que cada personagem tem seus próprios golpes e poderes, recompensando aqueles que estão dispostos a jogar toda a história duas vezes.

Quem curtiu a trama e conspirações do primeiro game se sentirá em casa ao jogar Dishonored 2, pois ele oferece um estilo de narrativa bem familiar. Mesmo que o roteiro não seja genial e abuse dos clichês, as missões cativam por seu mundo crível e atmosfera eletrizante, e fazem cada minuto valer a pena.

Opções de sobra

É comum que os jogos com foco em furtividade ofereçam opções viáveis para superar os desafios propostos, mas é difícil encontrar um título tão aberto a variáveis quanto Dishonored 2. Mais do que uma alternativa, a experimentação é incentivada o tempo inteiro pelo design inteligente dos níveis.

As duas abordagens básicas (pacifista ou assassino) se ramificam em dezenas ou centenas de caminhos para superar os inimigos. Suas mortes são bem brutais, sangrentas e gratificantes, e envolvem desde explosivos até lâminas cortantes, passando por poderes sobrenaturais. Mas o caminho discreto é tão ou mais divertido graças à boa inteligência artificial dos oponentes, além da possibilidade de desferir vários movimentos não-letais.

Beleza exótica

Dishonored 2 não é o jogo com maior poderio gráfico lançado para a atual geração. Seus modelos de personagens, texturas e iluminação até ficam devendo bastante quando comparados aos outros "blockbusters" de 2016. No entanto, a direção de arte caprichada eleva a experiência e propicia uma ótima imersão em seu mundo "steampunk".

Como no filme Doutor Estranho, o visual rico, colorido e muito bem elaborado acaba virando quase um personagem à parte, se relacionando intimamente com os elementos da jogabilidade em uma bela simbiose. Isso fica claro já nas primeiras fases, mas chega ao auge nos níveis mais avançados, quando o próprio tempo e espaço são manipulados.

Pequenos tropeços

Mesmo com todo o capricho e acertos de Dishonored 2, alguns detalhes impedem o jogo de chegar ao seu potencial máximo. O game nunca escala em seu nível de dificuldade, o que torna a reta final um tanto linear e pode frustrar os jogadores mais "hardcore". A partir da segunda dezena de horas, já é mais divertido direcionar a atenção à busca dos muitos colecionáveis espalhados pelo mapa.

Além disso, há uma certa imposição narrativa que direciona constantemente o jogador rumo ao caminho da furtividade. Apenas quem não se importa em buscar o final mais feliz conseguirá se desapegar das imposições implícitas e explícitas de não violência. Em um jogo com golpes tão gratificantes, é estranho ser “punido” por eliminar seus inimigos.

Conclusão

Dishonored 2 pega tudo que deu certo no primeiro título da série e traz de volta com uma roupagem mais moderna e elegante. As novidades funcionam e se encaixam perfeitamente na premissa da série: é muito divertido jogar com os dois protagonistas e experimentar todos os seus movimentos contra inimigos espertos em níveis bem construídos. Mesmo que a trama batida não chegue à altura da jogabilidade, trata-se de um dos melhores títulos de "stealth" já lançados.

Fonte: TechTudo

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