Nota: 9.5
Gráficos: 10
Jogabilidade: 9
Diversão: 9
Som: 10
Rise of the Tomb Raider é a sequência direta do reboot da franquia lançado em 2013. Desenvolvido pela Crystal Dynamics e publicado apenas para Xbox One e Xbox 360, a nova aventura protagonizada pela famosa arqueóloga dá continuidade à fórmula estruturada no game anterior, mas traz também grandes novidades em termos de jogabilidade.
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Ascensão em grande estilo
Em Rise of the Tomb Raider, Lara deixa no passado sua história na enigmática ilha de Yamatai para se concentrar em um objetivo muito mais ambicioso: encontrar a Fonte Divina, um artefato sagrado que promete conceder imortalidade a quem adquirí-lo. Na trama, a heroína, munida de poucos recursos, inicia a aventura na Síria e precisa se virar em regiões inóspitas nas gélidas montanhas da Sibéria.
Além de Lara ter que se preocupar em buscar o tesouro sagrado na nova empreitada, ela ainda precisa lidar com o exército da Trindade, um grupo de mercenários sem escrúpulos liderado por Konstantin, um déspota que tem como objetivo localizar o artefato antes de qualquer um.
A história parece pouco original à primeira vista, porém ela é muito bem contada e repleta de reviravoltas surpreendentes. A dublagem em português brasileiro também contribui para elevar a qualidade da narrativa, já que as vozes escolhidas combinam perfeitamente com as características de cada personagem.
Explore o que quiser
Ao contrário da limitada ilha de Yamatai, a região da Sibéria é muito mais ampla e, por isso, Rise of the Tomb Raider parece muito mais um game de mundo aberto do que uma aventura de ação em terceira pessoa estritamente linear. A fórmula do jogo segue o mesmo padrão durante todo o gameplay: entre em uma área linear, que serve para interligar duas regiões diferentes, encontre a fogueira e um cenário amplamente aberto recheado de atividades.
Agora Lara tem missões secundárias à disposição, que contribuem não só para dar mais pontos de experiência, como também para enriquecer o contexto do enredo. Enquanto os objetivos secundários são novidade, há também elementos conhecidos dos fãs, como tumbas, ruínas, tesouros e dezenas de itens colecionáveis alocados em pontos estratégicos do mapa.
Por mais que as tarefas sejam “mais do mesmo”, o número de desafios triplicou e os puzzles estão mais variados e divertidos. Felizmente, o grau de complexidade dos quebra-cabeças está na medida certa, o que torna as missões do título extremamente agradáveis de se completar.
Como era de se esperar, o sistema de habilidades da heroína foi nitidamente melhorado com novas técnicas, bem como o crafting – que agora segue uma linha mais Far Cry –, no qual Lara deve vasculhar os ambientes de forma minuciosa para coletar plantas medicinais, peles de animais e outros recursos indispensáveis para criação de armas, itens e explosivos.
A aventureira não vive apenas de exploração. Lara também aproveita a viagem à Sibéria para aprender novos idiomas, como grego, russo e até mongol. Isso significa que você terá que descobrir monumentos das línguas que estão espalhados por tumbas e criptas para adquirir fluência. Quanto mais relíquias históricas forem descobertas, mais objetos poderão ser decifrados por Lara, revelando segredos acerca da mitologia da trama.
Em termos de jogabilidade, o game não sofreu tantas alterações – o que é algo positivo. No entanto, Rise of the Tomb Raider parece tentar persuadir o jogador a praticar eliminações furtivas, pois atirar em todo mundo, especialmente nos níveis mais elevados de dificuldade, não é exatamente o melhor método para progredir.
Como consequência de ter ambientes abertos, o combate do título é muito mais estratégico e oferece múltiplas possibilidades de ação ao jogador. É possível atuar na surdina com o arco e flecha, carbonizar os inimigos com coquetéis molotov ou acertar headshots com os armamentos introduzidos no reboot de 2013.
Embora alguns confrontos contra diversos inimigos quebrem um pouco o ritmo intenso do gameplay, não dá para reclamar de nenhum aspecto da mecânica em si, pois a Crystal Dynamics conseguiu entregar novamente uma jogabilidade sólida.
Visualmente deslumbrante
A versão definitiva do reboot, lançada em 2013, deu apenas um gostinho do que a Crystal Dynamics estava preparando para um futuro não tão distante. Tecnicamente, Rise of the Tomb Raider é impecável, com cenários variados, ricos em detalhes e iluminação extremamente realista.
Em ambientes abertos, são os detalhes que garantem a imersão do game, como flocos de neve caindo sobre a roupa térmica da protagonista, assim como partículas de poeira, que ganham vida a cada passo dado pela exploradora nas tumbas.
É preciso ressaltar o trabalho de captura de movimentos da Crystal Dynamics, que tornou a tecnologia de detecção mais precisa e, novamente, trouxe a atriz britânica Camilla Luddington no papel da arqueóloga. Lara exprime seus sentimentos de forma incrivelmente natural. Depois de mergulhar em um lago glacial, por exemplo, Croft sai trêmula da água, com o frio descomunal explícito em sua expressão facial.
A experiência cinematográfica da jornada é construída por cutscenes memoráveis de ação, sequências de acontecimentos inesperados e, é claro, pela trilha sonora orquestrada digna dos filmes de Indiana Jones.
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Conclusão
Rise of the Tomb Raider comprova que ainda há espaço para melhorar a fórmula praticamente impecável do reboot de 2013. A nova aventura da arqueóloga enriquece o contexto da série em todos os aspectos, com momentos intensos de combate, profundo sistema de exploração, vasto conteúdo e história contada em moldes hollywoodianos.
Fonte: TechTudo
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